quarta-feira, 31 de agosto de 2011

9 formas de evitar obesidade em crianças

Algumas doenças têm um caráter, digamos, democrático. Não distinguem classe social, cor, nacionalidade ou faixa etária. A obesidade sem dúvida preside esse partido — para o nosso azar, já que ela pode ser o estopim de problemas como diabete, hipertensão, infartos e derrames. Nem mesmo os bebês estão livres desse fantasma. No Brasil, nada menos que 10% das crianças com menos de 5 anos já têm sobrepeso ou são obesas. “É um dado preocupante, porque o risco de elas se tornarem adolescentes e, de quebra, adultos obesos é muito maior”, enfatiza Clóvis Francisco Constantino, presidente da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

O futuro que aguarda um bebê rechonchudo além da conta é assombroso. Para ter uma idéia, só na faixa dos 5 aos 9 anos, a obesidade cresceu 300% entre 1989 e 2009 — e, com ela, a incidência de doenças que antes só importunavam gente grande. “Na prática clínica, já é rotina medir a pressão e avaliar os níveis de gordura no sangue de crianças, exames que só costumavam ser pedidos mais tarde”, conta a nutricionista Maria Emilia Suplicy, do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, no Paraná.

Para nortear o diagnóstico nos pequenos, o Ministério da Saúde adota curvas da Organização Mundial da Saúde (OMS) que levam em conta o sexo, a idade e o índice de massa corporal, calculado com base no peso e na altura. Apesar de não serem as únicas causas, erros na alimentação e a falta de atividades com gasto calórico são apontados como os grandes culpados pelo excesso de peso na criançada.

Dizer que é preciso ter uma dieta equilibrada e uma vida ativa pode soar genérico. Por isso, listamos aqui fatores mais específicos — alguns contornáveis, outros nem sempre — que merecem atenção desde cedo. Evitá-los contribui para uma posteridade mais esbelta e cheia de saúde.
1) Leite materno por menos de seis meses

A nutricionista Deborah Masquio, do Grupo de estudos da obesidade da universidade Federal de São Paulo, observou que a amamentação exclusiva até os 6 meses, recomendada pela OMS, está relacionada a valores significativamente mais baixos de índice de massa corporal, gordura e circunferência abdominal na adolescência. Em um trabalho com 118 jovens, ela notou também que quem mamou durante mais tempo apresenta hoje níveis maiores do hormônio adiponectina. “Ele possui efeitos benéficos contra processos inflamatórios e aumenta a sensibilidade à insulina”, explica. Já a concentração de resistina, hormônio que favorece mecanismos ligados à obesidade, é maior nos que receberam outros alimentos mais cedo.

2) Cesariana

Crianças que nascem desse tipo de parto apresentam um risco 58% maior de desenvolver obesidade na fase adulta. A constatação vem de um estudo da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Uma possível explicação para o elo está na flora intestinal dos bebês. Ela teria sua composição alterada conforme a maneira que eles vêm ao mundo, caso da cesariana. “A literatura mostra que determinados grupos de bactérias favorecem o acúmulo de peso”, comenta o professor Marco antonio Barbieri, que coordenou a equipe de pesquisa. Em 2008, as cesáreas já representavam 43% dos partos no Brasil — esse número deveria ser de, no máximo, 15%.

3) Mamadeira depois dos 2 anos

Surgiu da parceria entre a Universidade do Estado de Ohio e a Temple University, nos Estados Unidos, a pesquisa que acende o alerta em relação à mamadeira. Segundo o levantamento, feito com quase 7 mil crianças, usá-la como principal meio de ingestão de líquidos depois dos 2 anos abre caminho para o excesso de peso. Para Clóvis Constantino, presidente da Sociedade de Pediatria de São Paulo, o problema é que o bebê acaba tomando uma quantidade maior de leite ou suco do que no copo, até pela própria diferença de tamanho dos dois utensílios. Sem contar que o consumo de calorias cresce, porque a mamadeira é oferecida como complemento à alimentação sólida.

4) Pouca brincadeira

Eis um elemento importantíssimo na equação que leva ao acúmulo de gordura: o sedentarismo. O Colégio Americano de Medicina Esportiva provou que quanto mais brinquedos ativos, como bolas, os pequenos possuem — não valem tv, computador nem videogame —, mais eles se movimentam. Parece óbvio, mas muitos adultos não dão a mínima para as brincadeiras ao ar livre, por exemplo. “Da mesma forma que os pais se preocupam com matrículas em cursos de línguas desde cedo, devem estimular a atividade física regular”, afirma o endocrinologista Gregório lima Souza, da Universidade Estadual Paulista, em Botucatu, no interior do estado.

5) Falta de orientação médica

Não dá para esquecer que a obesidade é uma doença e, como tal, pode ser desencadeada por síndromes, disfunções hormonais e fatores genéticos. “Essas situações correspondem a apenas 5% das ocorrências de excesso de peso em crianças”, afirma Gregório Souza. Mas nem por isso devem ser menosprezadas. Um caso de hipotireoidismo, por exemplo, em que a glândula tireoide funciona em ritmo mais lento e leva ao ganho de dobrinhas, requer orientação e tratamento. A possibilidade de um fator biológico estar por trás da gordura extra sempre deve ser investigada pelo pediatra ou pelo endocrinologista.

6)Olha o aviãozinho!

Está para nascer uma mãe que nunca tenha exagerado na quantidade de comida que oferece aos filhos — sempre com a melhor das intenções, claro. Os especialistas consultados por SAÚDE insistem, no entanto, na importância de entender que o pequeno não deve comer a mesma quantidade de um adulto. “O melhor é servir menos e, depois, se a criança quiser repetir, acrescentar um pouco mais ao prato, sem exageros”, orienta a nutricionista Julliana Bonato, de São Paulo. Se não houver esse cuidado, corre-se o risco de ela se acostumar a colocar para dentro aquele volume enorme de alimento, sem necessidade.

7) Sistema de recompensa

Segundo Julliana Bonato, contar mentirinhas e fazer promessas na tentativa de convencer a criança a comer não são estratégias eficientes. “Isso pode aumentar a resistência diante de um alimento”, diz. A velha história de raspar o prato para só então atacar aquela sobremesa deliciosa é uma dessas furadas. Ora, se a refeição principal é obrigação e o doce a parte boa, o que é saudável sempre será associado ao chato. Mais: se os pais precisam encorajar seu filho a comer algo, ele entende que aquilo não deve ser lá muito saboroso. O resultado é a tendência a valorizar as guloseimas e deixar o que faz bem de lado.

8) Falta de familiaridade com opções saudáveis

É na infância que o paladar começa a se desenvolver. E o prazer, você há de concordar, é essencial na relação que estabelecemos com os alimentos. Daí que criar gosto por frutas, verduras, legumes e comidas com pouco sal desde pequeno facilita muito as coisas lá na frente. Não que a tarefa seja fácil. Primeiro porque os próprios pais devem servir de exemplo — exigir que o pequeno coma brócolis, enquanto você sempre devora snacks. Em segundo lugar, é preciso persistência. “Cada alimento novo deve ser apresentado dez vezes à criança”, avisa a nutricionista Maria Emilia Suplicy, do hospital Pequeno Príncipe. O segredo é variar no preparo: sirva a cenoura crua, picada, cozida, ralada, amassada...

9) Ambiente estressante

Mudança de casa, nascimento de um irmão ou uma doença são exemplos de situações que deixam a criança sob tensão. Mas há casos em que o relacionamento com os pais já é, por si só, motivo de insegurança. “Para que ela se sinta protegida, equilibre controle e tolerância”, recomenda Harumi Kaihami, psicóloga do ambulatório de Pediatria Social do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Pesquisadores da Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos, descobriram que pequenos de 2 anos que se sentem emocionalmente inseguros estão 30% mais sujeitos a desenvolver obesidade. “O estresse pode se manifestar em forma de asma, cefaléia, erupções na pele e aumento de peso”, exemplifica Harumi.

Colheradas a mais

Quem já teve que mandar goela abaixo até o último grão de arroz sem a menor vontade sabe que uma colherada a mais pode ser um suplício quando se está satisfeito. A criançada percebe nitidamente o sinal de saciedade que o organismo envia ao cérebro. Assim, salvo exceções, birras ou recomendações médicas, pense duas vezes antes de forçar a barra para que o pequeno coma mais.

Comer em família

Cientistas da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, acompanharam 183 mil crianças e adolescentes de 2 a 17 anos e concluíram que dividir a mesa com os pais ajuda a manter uma alimentação mais equilibrada. O grupo que realizava as refeições em família apresentou redução de 12% no sobrepeso, consumo 20% menor de alimentos calóricos e incidência 35% mais baixa de distúrbios alimentares. “Os momentos à mesa também são importantes para a socialização e o diálogo entre as pessoas da casa”, acrescenta a psicóloga Harumi Kaihami.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Nutrição & Saúde


Dizem que “quando a boca sabe comer, o corpo é saudável, quando a mente sabe pensar, a alma é feliz”. Para viver melhor, com mais saúde, é preciso que o ato de comer seja consciente, Isto é, que se saiba escolher o que comer não apenas pela força do hábito ou do prazer, mas também pelo que os alimentos representam para o nosso corpo.
Poderíamos dizer que os alimentos são como “pacotinhos”, que, ao serem “abertos” o nosso aparelho digestivo, libera os nutrientes que contem, ou seja, as proteínas, hidratos de carbono, gorduras, vitaminas, minerais, água e fibras. Cada um desses nutrientes vai exercer uma função, em nosso corpo.
A proteína tem a função construtora, que quer dizer, formam as células, o sangue, os hormônios, fazem o corpo crescer. As gorduras e hidratos de carbono, por sua vez são Energéticos, ou seja, é o combustível de que dispomos para funcionar, respirar, andar, brincar, trabalhar. Já as vitaminas, os minerais e as fibras têm função reguladora, ou seja, regulam o funcionamento do organismo, protegendo-o contra as doenças.
Na prática, dividimos os alimentos, segundo os nutrientes que eles contêm, nesses três grupos: Construtores (carnes em geral, leite, iogurte, queijo, ovos, feijão, soja, ervilha seca e lentilha); Energéticos (arroz, trigo, milho, aveia, batata, mandioca, massas, pão, açúcar, mel, manteiga, óleo, banha, creme de leite); e Reguladores (verduras, legumes e frutas em geral).
E a primeira “dica” para equilibrar um cardápio é a seguinte inclua, sempre, pelo menos um alimento de cada grupo em cada refeição.
Você pode incluir mais de um alimento de cada grupo, mas evite excesso dos Energéticos (engordam!) e dos construtores (além de muitos caros, podem sobrecarregar o organismo). Por outro lado, não deixe faltar os reguladores, que, de um modo geral, são menos engordativos e protegem a saúde.
A já conhecida “Pirâmide de Alimentação” indica o número de porções de cada grupo que devemos ingerir diariamente. As quantidades mínimas, em cada grupo, correspondem as necessidades de mulheres com pouca atividade física ou com excesso de peso. As quantidades máximas, em cada grupo, correspondem às necessidades de pessoas jovens, ativas e sem excesso de peso.
HAYDÉE MARIA R. POZZI
Nutricionista – CRN 27909P

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

DICAS PARA COMPRAS MAGRAS

DICAS PARA COMPRAS MAGRAS

Para fazer um supermercado saudável e magrinho fique atenta as sugestões da Nutricionista Haydée Maria R. Pozzi, do SPA ÁGUA SANTA pois ensina como “escapar” das tentações e, de quebra, levar para casa somente os produtos amigos da sua dieta

• Na hora de fazer a lista de compras anote apenas o que for essencial, sem incluir itens, muitas vezes, dispensáveis para o seu consumo e que podem comprometer uma refeição leve e nutritiva.
• Evite fazer compras com fome! Assim você acaba colocando no carrinho guloseimas e outros petiscos nem sempre saudáveis.
• Tem filhos pequenos? Procure não levá-los com você. Os supermercados geralmente colocam as iguarias, nada magras, próximas aos olhos dos pequenos e, se você mantém o hábito de dar tudo o que eles querem, será difícil não adquirir tais alimentos.
• Opte sempre por sucos de fruta de caixinha na versão light (caso não tenha tempo de prepará-la em casa) e fuja dos refrigerantes, mesmo os sem açúcar, já que o consumo freqüente pode comprometer a saúde dos seus ossos a longo prazo, além de não nutrir.
• Se é chocólatra, compre apenas pequenas porções (preferencialmente do chocolate meio amargo ou com castanhas). Quando bater aquela vontade de comer, você não terá a mão uma barra inteira para consumir. Um pedaço será suficiente para saciar a vontade de comer doce.
• Fique longe das bolachas recheadas, especialmente as que contêm gordura trans (ela aumenta o colesterol “ruim” e diminui o “bom”, além de contribuir para o crescimento dos famosos “pneuzinhos”). Dê preferência aos cookies integrais com castanhas e bolachas simples sem recheio.
• Compre alimentos em pequenas quantidades para que não seja induzida a comer mais do que o necessário, especialmente se faz a maioria das refeições fora de casa.
• Setor de frutas, legumes e verduras: faça deste o seu espaço preferido e abuse das inúmeras opções que irão garantir uma dieta benéfica e balanceada onde você vai garantir um aporte vitamínico necessário para o organismo. Se puder, escolha os orgânicos que, além de oferecerem mais nutrientes, são livres de agrotóxicos (agentes químicos).
• Dispense molhos gordurosos e engordativos. O ideal é ficar no “básico” limão, azeite extravirgem, ervas desidratadas (orégano, manjericão, pimenta). Iogurte desnatado com limão e manjericão, faz um gostoso molho para sua salada, por ex...Você poupa calorias e ganha saúde.
• Para o café da manhã vá direto á prateleira dos integrais (pães, bolachas e cereais) e lembre-se dos queijos brancos, cottage ou coalhada light. Na versão leve, as geléias também são ótimas escolhas, assim como os iogurtes desnatados...
• Observe e compare as informações nutricionais nos rótulos das embalagens para saber o teor de gorduras e o valor calórico do alimento que irá consumir.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Reeducação alimentar, fique magra e feliz!


No Spa Água Santa você vai encontrar:
Reeducação Alimentar, com exercícios físicos orientados, em um ambiente natural com redários, caminhadas ecológicas, massagens, terapias, e muita diversão.

Conheça este paraíso em meio a natureza, fique mais bonita, mais magra e mais feliz!!

Vejam os depoimentos de pessoas que já estiveram aqui conosco.

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Contatos: (16) 3398-7289/ 3398-7166/ 3372-3303/ 9222-0296

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Caminhada contra asma!

Um estudo realizado na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) revelou benefícios surpreendentes das atividades físicas para os pacientes que sofrem de asma.

"Os resultados do estudo mostram que os pacientes que realizaram atividade física tiveram uma redução de 66% nos sintomas de asma quando o exercício foi praticado de forma moderada e isso mostra que o exercício físico pode ser um aliado no controle da doença", revela o pesquisador Felipe Augusto Rodrigues Mendes.

"Somos o oitavo país com o maior número de ocorrências de asma no mundo. As causas dessa inflamação nos pulmões estão associadas a fatores genéticos e ambientais," conta Mendes.

Sintomas da asma

O trabalho de Mendes analisou 101 pessoas com idade média de 35 anos. "Setenta por cento eram mulheres, mas isso é uma característica da doença. Quando o indivíduo é jovem, a asma é predominante em meninos, em adultos ocorre o inverso", explicou Carvalho.

Mendes e seus colegas dividiram os participantes em dois grupos: um que não fazia exercício físico e outro que praticava exercícios aeróbicos duas vezes por semana, como a caminhada.

Após três meses de treinamento físico de intensidade moderada a intensa e medicação controlada, o grupo observou uma melhora significativa não só nos sintomas da asma, como na qualidade de vida pacientes.

De acordo com Carvalho, os pacientes que apresentavam sintomas a cada dois dias, totalizando 15 dias com sintomas por mês, passaram a ter entre um e dois dias de sintomas da doença por semana, somando seis no mês.

Melhor qualidade de vida

Outra boa notícia foi a melhora no convívio social. Com a asma controlada e a capacidade de realização das atividades diárias, os cientistas observaram que a prática de exercícios reduziu significativamente o quadro de depressão e ansiedade nos pacientes.

"Devido ao fato de os pacientes não saberem quando ocorrerá a próxima crise, os pacientes asmáticos são mais ansiosos e depressivos do que a população sem asma", afirmou Mendes.

Segundo ele, o próximo passo é tentar descobrir o mecanismo de ação da atividade aeróbica na redução da inflamação pulmonar.

De acordo com o professor Celso Fernandes de Carvalho, coautor do trabalho, o paciente asmático é mais ansioso e deprimido, abandonando o uso da medicação prescrita pelo médico mais facilmente. "Ele é o que mais custa para o Sistema Único de Saúde", disse.

Um artigo científico descrevendo o trabalho foi publicado na revista Chest.